Guerra

Guerra
Ontem tive a alegria de participar do Programa Caleidoscópio, da TV Horizonte.
Apesar de não ser uma especialista em assuntos bélicos, fui convidada a falar sobre a guerra, juntamente com dois professores da área de Relações Internacionais e um estudante brasileiro que serviu ao Exército Israelense.
Essa era a pauta: guerra. A guerra que mata, que fere, que explode, que bombardeia e separa. A guerra do Vietnã, do Iraque, do videogame que aliena o seu filho por horas a fio, fazendo-o apertar mecanicamente o mouse como se fosse o gatilho de uma metralhadora.
Haja dor. Haja caos. Haja aleijamento do senso de humanismo, juízo, prudência. Haja falta de paz e benevolência.
Falar de guerras tão históricas e distantes me fez lembrar das guerras que escuto todos os dias no consultório: guerras frias, fervorosas, silenciosas. Verdadeiros armamentos dentro de casa, desunindo casais, quebrando famílias, rasgando o que poderia ser uma convivência de paz. Violência psicológica na escola, ecoando pelos corredores e reverberando na internet através de mentiras, rótulos, preconceitos. (O novo e famoso bulling.)
As pessoas estão guerreando sem perceber. Sem se darem conta. É ataque e defesa, pó e poeira, distância e aspereza.
Do jeito que as coisas estão, fica difícil pensar na possibilidade – mesmo que a princípio utópica – da paz. Mas me recuso a perder a batalha pra guerra.
Podem me chamar de ingênua, cega, poeta, otimista.
Prefiro acreditar na força maravilhosa que a vida tem de transformação.
(…)
Paz pra você.