Grandes encontros

Grandes encontros

Há encontros que podem mudar a nossa vida.
Não estou nem falando daqueles graaaaaandes encontros que acabam levando ao altar, ou a uma super carreira no Japão ou, quem sabe, um convite irresistível para dançar balé na Rússia.
Estou falando dos encontros simples, singelos, banais, alguns marcados há muito tempo, outros improvisados de véspera. Pode ser numa praça, num boteco, num café. Pode ser regado a vinho, com entrada de pão caseiro molhado no azeite e uma massa bem quentinha enfeitada com manjericão da horta. Pode ser numa salinha gostosa, com um cappuccino bem cremoso e almofadas coloridas.
O lugar não é o mais importante. Mas se você encontra alguém que te olhe nos olhos, que te escute e aceite você exatamente do jeito que você é – seu lado sol e seu lado sombra, seu lado normal e seu lado meio maluco, então aquele encontro pode entrar pra história. (Pra sua história.) Principalmente se você sai desse encontro melhor do que entrou. Principalmente se, no meio do choro e da aflição, você consegue morrer de rir de você mesmo. Mesmo que escute umas boas verdades e faça disso um grande aprendizado.
Desses encontros saem palavras, pensamentos, ideias e por vezes puxões de orelha que não doem nadinha, mas curam o que estava machucado. Curam de maneira simples, sem prescrições médicas ou bulas de remédio assustadoras. Curam pelo simples fato de carregar amor nesses olhos que olham, neste coração que escuta, nestas palavras que falam como se tocassem música.