Aluna de novo

Depois de anos dando aula, me vejo – com a maior alegria do mundo – no lugar de aluna. Estojo novo, caderno de capa dura, motivação correndo nas veias, perguntas que não querem calar.
Depois de anos dando aula, me vejo – com a maior alegria do mundo – no lugar de aluna. Estojo novo, caderno de capa dura, motivação correndo nas veias, perguntas que não querem calar.
Sim, eu sei. Perdi o timing. Me perdi em meio à minha emoção, à minha ação. (Acho que fiquei paralisada, fora do ar, sem palavras.) Aí a vida veio passando, outros filmes também, e aqui estou: atrasada feito o coelho da Alice, "é tarde, é tarde, é tarde"
Eu nunca gostei do Ney Matogrosso. Nem desgostei. Respeito sempre tive, vide meus olhos admirados de menina pousando sobre aquela figura excêntrica, dona de uma voz singular, chacoalhando o corpo no Programa do Chacrinha. Até que fui assistir "Homem com H" e saí do cinema querendo ligar pra
O filme acabou e as luzes não se acenderam. Providencial. Um longa como este não poderia mesmo terminar assim, num corte abrupto para a vida lá fora. Da penumbra veio um tempo, um respiro, uma ponte para gentilmente nos conduzir de volta. Aos poucos. Fiquei alguns minutos paralisada, apreciando cada
Conheci Bituca nas aulas de canto da escola. Eu devia ter uns 10 anos quando me encantei por “Maria Maria”, “Nos bailes da vida”, “Coração de Estudante”. Fui da sala do cinema para a sala de aula em alguns minutos. O tempo passou para mim e para ele. E com